quarta-feira, novembro 23, 2005

Informação (10.116)

[116/2005]
Comunicado

Tal como esta candidatura tem vindo permanentemente a alertar, a bipolarização das eleições presidenciais é cada vez mais um facto continuamente alimentado pela quase totalidade dos Órgãos de Comunicação Social.
Na sua generalidade, os comentadores, convidados ou residentes dos jornais, rádios e canais televisivos, estão identificados com as duas candidaturas que têm tido uma cobertura noticiosa preferencial.
A equidade tem de ser a base de qualquer período eleitoral. Pelo impacto que têm na Opinião Pública, os Órgãos de Comunicação Social devem estar obrigados a esse pacto de justiça perante todos os candidatos. Ora, não é a isso que se assiste, neste momento.
Não cabe a esta ou a nenhuma outra candidatura assumir a função de demiurgo, nem é possível exigir a comentadores residentes que se abstenham de teorizar sobre matéria em que são partes interessadas. Mas recorda-se, por exemplo, que Manuel Alegre suspendeu o artigo de opinião que assinava no semanário «Expresso» exactamente por sentir que mantê-lo não respeitava uma ideia de determinados valores que devem balizar a sociedade portuguesa, entre as quais a de não tirar proveito de uma posição de clara vantagem sobre outros candidatos.
Mais uma vez é preciso assumir com clareza as desigualdades deste confronto eleitoral. E esta candidatura continuará a fazê-lo, com a consciência que esse é um dever de cidadania e uma obrigação para com o povo português e para com a Democracia.
A Candidatura de Manuel Alegre
22.11.2005